Agência Minas Gerais | Governo de Minas aposta em tecnologia e experiência do Corpo de Bombeiros no gerenciamento de desastres para enfrentar estiagem severa no estado

agosto 26, 2024 Off Por

Para enfrentar uma das temporadas de estiagem mais rigorosas dos últimos anos, o Governo de Minas, por meio do Corpo de Bombeiros  (CBMMG), e de forma integrada aos demais órgãos da Força Tarefa Previncêndio, tem aplicado esforços no combate aos incêndios em vegetação, com atenção especial às Unidades de Conservação. 

Para colocar em prática o planejamento do CBMMG, o Governo de Minas investiu R$ 9,8 milhões, destinados a ações de prevenção e combate a incêndio florestal no estado, incluindo a aquisição de equipamentos, locação de caminhonetes e aeronaves modelo Air Tractor, equipamentos de proteção individual, além de cursos de especialização, visando maior agilidade e qualidade no combate. 

Nesta semana, dois grandes incêndios em parques do estado exigiram respostas rápidas para reduzir danos para as comunidades locais e o meio ambiente.

Um grande incêndio, iniciado no domingo (18/8), atingiu a Área de Proteção Ambiental do Parque Serra do Cipó e após intenso combate, integrado com brigadistas e agentes do ICMBio, foi encerrado com sucesso na quarta-feira (21/8). 

Na Serra da Moeda, na Região Metropolitana, o Corpo de Bombeiros contou com mais de 134 agentes, apoio aéreo e terrestre, priorizando e protegendo as comunidades com a extinção dos focos concentrados nessas regiões, evitando a remoção de pessoas de moradias e eliminando o risco para a população de forma célere.

O comandante-geral da corporação, coronel Erlon Dias do Nascimento Botelho, destacou a preocupação com o período crítico, mas reforçou que a corporação segue dedicada a cumprir a missão de combater incêndios. 

“O momento é de atenção, considerando os alertas recentes de baixa umidade do ar e altas temperaturas, mas o Corpo de Bombeiros Militar segue firme na proteção das pessoas e do meio ambiente”. 

Em alerta

Com o objetivo de responder às demandas de forma eficiente e aprimorar a coordenação das atividades de prevenção e combate, a corporação mantém ativa desde o dia 8/7 estrutura para centralizar o gerenciamento e padronizar estratégias de resposta aos incêndios florestais nas Unidades de Conservação do estado.

Por meio de sistemas informatizados, a Sala de Coordenação Operacional realiza o monitoramento via satélite dos pontos de calor nas Unidades de Conservação estaduais e respectivas zonas de amortecimento.

Quando necessário, aciona rapidamente o empenho das equipes em campo, gerenciando recursos de combate aéreo e terrestre para atingir a eficiência no atendimento.

Durante a emergência, as variáveis meteorológicas são acompanhadas, bem como os recursos gerenciados, conforme a prioridade de cada região.

Em cada operação são instalados postos de comando, possibilitando a integração com os demais órgãos envolvidos e brigadistas, além da padronização de orientação às comunidades próximas. 

Nos postos de comando, toda experiência da corporação no gerenciamento de desastres é aplicada, com ferramentas de georreferencianento e estratégias para atuação das equipes em campo.

Otimização da resposta

Diariamente, mais de cem bombeiros reforçam o efetivo ordinário das unidades operacionais para potencializar as ações de combate aos incêndios em todo o estado. 

Além disso, a instalação das bases operacionais em unidades de conservação estratégicas para reduzir o tempo resposta foi outro importante instrumento para reverter a propagação imediata do fogo em locais mais isolados e com alta incidência de focos.

As bases estão instaladas nas Unidades de Conservação com maior incidência de registros de incêndios e área queimada dos últimos 10 anos, detectadas em estudo prévio da corporação. 

São elas: Parque Estadual Serra do Cabral, em Joaquim Felício; APA Cochá e Gibão, em Bonito de Minas; Apae Alto do Mucuri, em Teófilo Otoni; e Parque Estadual Serra do Rola Moça, situado entre os municípios de Belo Horizonte, Nova Lima, Ibirité e Brumadinho.

Destaca-se a base de Cochá e Gibão, que possui autonomia logística de monitoramento, comunicação, posto de comando e heliponto, entre outros recursos de tropa, como alimentação, hidratação e alojamentos.

De forma integrada, a Sala de Coordenação Operacional detecta precocemente o incêndio e realiza o envio das equipes de combate. Com este gerenciamento, as estatísticas de atendimento apontam que cerca de 82,5% dos incêndios são extintos nas primeiras 24 horas de combate.

O planejamento das bases operacionais prevê ainda a realização de ações preventivas com a população, como visitas à comunidades, escolas e propriedades rurais, além da conscientização sobre a importância da preservação ambiental e as consequências dos incêndios para a saúde pública e o meio ambiente. 

A operação seguirá até meados de outubro, podendo ser prorrogada caso o período chuvoso seja adiado, garantindo a presença constante das equipes nas regiões mais vulneráveis durante o período crítico dos incêndios.